Winston Churchill no cinema

O grande conflito de Winston Churchill contra o tempo começou no auge da Segunda Guerra Mundial, apenas um ano depois de seu início, em 1940. O comando do primeiro-ministro Neville Chamberlain ruiu logo após a queda da Noruega para o exército alemão nazista. Quando a França foi invadida, Chamberlain renunciou, deixando o cargo para ser preenchido por Churchill. 

Sua subida ao posto de primeiro-ministro do Reino Unido foi um evento histórico, considerado fundamental para a continuidade britânica no conflito. Na época, o parlamentar se aproximou dos Estados Unidos e manteve relações cordiais com a União Soviética, visando o apoio dos países na luta contra os nazistas. 

A guerra seguiu duramente e Churchill se tornou um dos principais líderes a combater o avanço do tirano alemão Adolf Hitler, sob o anseio de cumprir seu papel de liderança. 

O filme Darkest Hour, de 2017, retrata bem a trajetória da personalidade histórica. Mas, afinal, por que falar de Winston Churchill?

Quem foi Churchill?

Sir Winston Leonard Spencer Churchill nasceu em 30 de novembro de 1874, no palácio de Blenheim, Woodstock. Aquele que viria a ser primeiro-ministro nasceu em uma família da aristocracia britânica. Seu pai, Lord Randolph Churchill, era membro do parlamento inglês e assumiu importantes funções no governo ao longo da vida.   

Assim como retratado no filme, Churchill ocupou o posto de primeiro-ministro do Reino Unido em dois períodos ao longo de sua vida. O primeiro e mais desafiador ocorreu entre os anos de 1940 e 1945.  

O britânico foi uma das principais personalidades a atuar no combate aos supremacistas alemães, entretanto, sua arma mais poderosa não foi nenhum recurso bélico, mas sim sua sagacidade na oratória. A habilidade lhe rendeu imenso apoio popular e seus discursos não foram esquecidos.

Frequentemente lembrado por suas estratégias, o parlamentar é representado como um homem de personalidade forte no longa-metragem, que demonstra amor por seu povo e por sua esposa enquanto luta para cumprir seus deveres. Um paralelo entre a dramatização e a realidade é a famosa e emblemática fotografia de Churchill fazendo a letra “V” de vitória com os dedos.

Darkest Hour

Dirigido por Joe Wright e roteirizado por Anthony McCarten, Darkest Hour, ou, em português, “O Destino de Uma Nação”, foi lançado em 2017 e se passa em 1940, no auge da Segunda Guerra. 

O drama ganhou 2 Oscars, de “Melhor Ator” e “Melhor Maquiagem e Penteado” para a transformação de Gary Oldman em Winston Churchill. O longa também conta com outros grandes nomes do cinema, como Lily James e Kristin Scott Thomas.

Um prato cheio para os amantes de história, a trama acompanha a trajetória de Churchill e exibe um show de figurino, ambientação e diálogos capazes de transportar o público para outra época. Apesar do tema pesado, o protagonista possui momentos de humor durante a trama, que contribuem para o dinamismo na obra.

Reflexos na Segunda Guerra

Ao passo que a Alemanha avançava no conflito, o longa retrata a cobrança do parlamento para que Churchill assinasse um tratado de paz com o país, ao que acreditavam ser o melhor caminho para salvar o povo britânico da guerra.  

Apesar da insistência, o primeiro-ministro não cedeu às exigências e seguiu firme com sua estratégia, para ele, a rendição significaria o fim da liberdade dos britânicos.

O líder realizou diversos discursos motivacionais para inflamar o apoio popular e convencer a população de que a vitória era iminente quando, na realidade, o Reino Unido sofria com grandes perdas. A estratégia não podia ter funcionado melhor e refletia diretamente na percepção do conflito pelos britânicos, que se mostravam dispostos a lutar contra o exército alemão. 

Falecido em janeiro de 1965, aos 90 anos, Winston Churchill foi uma das personalidades históricas mais marcantes do Reino Unido e segue lembrado por seus feitos durante a Segunda Guerra e seu poder de oratória para enfrentar o parlamento e inflamar o povo contra os nazistas.

Imagem destaque: Gary Oldman como Winston Churchill em “Darkest Hour”. Reprodução/Instagram.